Alimentação Halal: O que é, os alimentos permitidos e a sua certificação

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Alimentos Halal são destinados, fundamentalmente, a muçulmanos, de forma que a produção destes alimentos seguem um conjunto de leis denominados Shari’ah (lei islâmica que regulamenta diversos aspectos da vida cotidiana) para os muçulmanos.

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O que significa?

“Halal” significa “lícito” ou “permitido”, sendo por vezes traduzido como “aceitável”. Um produto que seja certificado “Halal” é um produto que é permitido ou aceitável, de acordo com os valores da religião islâmica.


Quais os alimentos que são permitidos e não permitidos?

Desde que sejam respeitadas as leis Islâmicas para a produção do alimento, dentro dos procedimentos e normas ditadas pelo Alcorão Sagrado e pela Jurisprudência Islâmica, e que estejam livres de contaminações que possam causar males ao ser humano, entende-se que:

  • Peixes e outros animais aquáticos são Halal,
  • Vegetais de todos os tipos são Halal
  • A água é totalmente Halal.
  • Todo produto, criado por meio da biotecnologia, extraído de vegetal, mineral e microbiana para a indústria alimentar é Halal.
  • Derivados de origem animal, utilizados para consumo alimentar é Halal, desde que o animal tenha sacrifício conforme a lei islâmica, mediante comprovação sob a supervisão da entidade responsável pelos produtos Halal.
  • Queijo processado através do coalho microbiano é Halal.
  • Leite (de vacas, ovelhas, camelas e cabras) é também Halal
  • Frutas frescas ou secas, legumes, sementes são Halal, desde que não contaminadas por pesticidas.

São banidos da alimentação Halal, e denominados Haram:

  • Animais que vivem tanto na terra como na água, como crocodilos e jacarés.
  • Suínos e seus derivados.
  • Sangue e derivados do sangue.
  • Animais carnívoros.
  • Répteis e insectos.
  • Álcool e intoxicantes como vinho, álcool etílico, licores, etc.
  • Toda carne que no momento do abate não seja invocado o nome de Allah.

Qual o método de abate Islâmico?

Todos os alimentos são considerados halal, exceto as carnes de porco e seus derivados; animais abatidos de forma imprópria ou mortos antes do abate; animais abatidos em nome de outros que não sejam Alá; sangue e produtos feitos com sangue; álcool e produtos que causem embriaguez ou intoxicação; e produtos contaminados com algum dos produtos acima. Portanto, para que animais abatidos possam ser considerados halal, eles devem ser abatidos segundo rituais islâmicos, que envolve um passo a passo detalhado.

A carne consumida pelos muçulmanos, de acordo com os valores definidos na sua religião, tem de ser preparada seguindo determinados rituais ou métodos, como são exemplo o facto do abate da carne só poder ser concretizado por muçulmanos (tem de existir, pelo menos, um muçulmano adulto) ou até mesmo o facto de quem realiza o abate deve dizer o nome de Allah, antes de fazer o corte.

Segundo o que defende esta religião, todo o processo que envolve o abate tem como objetivo reduzir a dor e o sofrimento que o animal sofre. Importa ainda afirmar que, de acordo com o Alcorão, consumir carne de um animal que já esteja morto é igualmente proibido.


Certificação dos produtos Halal

Em Portugal, o Instituto Halal é um instituto que se dedica “à análise, fiscalização, inspecção e certificação de produtos considerados Halal para consumo humano, assegurando que a elaboração destes produtos e seus respectivos processos de produção cumpram os requisitos do Halal.”

Os produtos com certificado Halal permitem que os consumidores muçulmanos possam ter garantias em como estão a usufruir de bens que estão alinhados com a sua cultura e crença.


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